Nesta quarta feira  na Rádio Intersom o prefeito Paulo Altomani (PSDB)  traçou um panorama do seu governo que completa 11 meses neste novembro. Altomani falou de economia, política e projetos que tem para São Carlos. Polêmico como sempre, o prefeito voltou a dizer que administrar a cidade é mais fácil do que uma empresa da iniciativa privada.

O prefeito Paulo Altomani confirmou a federalização do Hospital Escola e ressaltou que a Ebserh deverá priorizar o HE, pois ele terá 230 leitos (mais 20 leitos de UTI), sendo que o SUS entrará com o custeio dos medicamentos, num investimento de R$ 8 a 10 milhões por mês com a chancela da DIR de Araraquara numa pactuação entre as partes. Na região do Marrom Glacê, a Prefeitura pretende implantar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME). O terreno terá 5 mil metros quadrados e será cedido ao Estado. “Teremos investimentos na saúde em São Carlos em torno de R$ 150 milhões na região com os governos federal e estadual”, disse.

O projeto de lei de federalização será elaborado em conjunto entre Prefeitura e UFSCar e será enviado para a Câmara. Aliás, Altomani confirmou que Alckmin autorizou o aluguel de um prédio para que o AME funcione em São Carlos a partir de 2014.

Sobre prédios alugados, existem duas opções para o AME, porém o prefeito não quis adiantar quais seriam os locais para que o aluguel não se valorize demais.

Sobre a falta de água, Altomani falou que o Saae está licitando novos reservatórios, dois inclusive no Cidade Aracy e que será aumentada, com verbas federais, a produção de água tratada no Ceat de 20 litros/s para 100 litros/s. “Não vou ficar quatro anos de minha administração dando justificativa para não resolver o problema do Saae, ele precisa da robustez necessária para crescer”, ressaltou.

Com relação, a privatização do Saae, Altomani descartou problemas criados para se vender o Saae. “Não temos nenhum projeto de privatização, estamos aprovando o projeto do plano de saneamento básico, uma lei federal, para que possamos buscar recursos no governo federal e estadual”, falou aos microfones da Intersom.

Altomani disse que pretende abrir à sociedade a discussão desses projetos. “Vamos abrir o debate e queremos concluir isso até março do ano que vem”, ressaltou.

Sobre ser centralizador, Altomani destacou que busca o bem comum, e que não se pode ter privilégios individuais em seu governo, segundo ele, “como se tinha no passado”. Ele voltou a dizer que é fiscalizado pela sociedade e pela Câmara Municipal. “O prefeito tem atitude aqui, eu fico vermelho dois minutos e não amarelo dois anos, fiquei duas horas ontem discutindo com a associação de moradores da Vila Elizabeth, o bairro passa por problemas de deterioração devido a um TAC com o Ministério Público, estamos conversando com dois grupos que lá residem para chegar num consenso do que é melhor para todos”, afirmou.

Alias, o prefeito lembrou da Tusca e ressaltou que no seu governo, uma nova festa foi criada e nenhum problema ocorreu.

Novamente, Altomani voltou a dizer que os poderes precisam se respeitar. “Existe uma relação de respeito recíproco, mas é evidente que quando existe um problema, a pressão vai para cima do vereador, agora sobre o concurso dos ACTs vou analisar o caso e se verificar que não foi a contento vou cancelar o certame e ver o que é possível fazer para poder contemplar os alunos no começo do ano”, disse.

Perguntado se o seu governo está em crise, Altomani foi enfático: “Nenhuma, isso é coisa das pessoas que ficam falando. O que me importa é que os projetos que mandamos para a Câmara sejam aprovados, as críticas fazem parte da democracia e nem Cristo contemplou todo mundo na face da Terra, ontem, por causa dessas críticas, a Câmara não aprovou um projeto para pagar uma instituição que cuida de dependentes químicos de São Carlos, acho que essas coisas prioritárias precisam ser aprovadas, independente das críticas”.

Para Altomani, alguns vereadores confundem as coisas. “Eles sobrepõem os interesses individuais sobre o coletivo em vários casos”, analisou.

Sobre as críticas do vereador Marquinho, presidente da Câmara, Altomani brincou dizendo que tem trabalhado com a ALL para que nenhum trem descarrile na cidade. “Não existe crise no governo, não administro fofoca e quero o melhor para São Carlos, temos que planejar a cidade para os próximos 20 anos, não vou entrar em picuinha individual de interesses de ninguém”, observou. “Marquinho Amaral é um vereador explosivo e eu o respeito”, emendou.

Perguntado sobre qual nota daria para o seu governo. Ele disse que encontrou uma estrutura fragilizada, e lembrou conquistas como a SP 318, o Makro, novo albergue infantil e outras. “Todos podem conversar com o prefeito até agora, temos secretários de primeira grandeza, quero preservar alguns secretários como o professor Tundisi, esse primeiro ano é de aprendizado e agora vamos para outra fase com, por exemplo, a inauguração da UPA do Santa Felícia onde pensamos em contratar uma Organização Social para administrá-la”, revelou.