Com a presença de cerca de três mil professores, a assembleia estadual da APEOESP realizada nesta sexta-feira, 10 de maio, no Vão Livre do MASP aprovou a suspensão da greve da categoria, que ocorre desde o dia 19 de abril e a manutenção de estado de alerta e mobilização para cobrar a efetivação dos compromissos firmados pelo Secretário da Educação em reunião de negociação ocorrida na parte da manhã.
Desde o início da greve a APEOESP buscou incessantemente canais de negociação com o Secretário Estadual da Educação em torno da pauta de reivindicações.
Finalmente a reunião ocorreu e houve compromisso do Secretário com o atendimento de alguns pontos da pauta, como:
> Fim da prova anual aplicada aos professores da chamada “categoria F”;
> Fim da prova exigida dos professores da chamada “categoria O”
que já pertencem à rede estadual;
> Direito de atendimento médico pelo IAMSPE aos professores da
“categoria O”;
> Concurso público no segundo semestre para professores PEB II;
> Não privatização do Hospital do Servidor Público e do IAMSPE;
> Convocação da comissão paritária prevista no artigo 5º da lei
complementar nº 1143/11 para discussão da possibilidade de novo
reajuste e discussão da implantação paulatina da jornada do piso
(no mínimo 1/3 da jornada para preparação de aulas e formação,
entre outras atividades extraclasse);
> Convênio em torno de projeto a ser elaborado pela APEOESP para
prevenção e combate à violência nas escolas;
> Discussão do pagamento dos dias parados e retirada das faltas da
greve mediante reposição de aulas.
A APEOESP solicitará reunião com o Secretário de Gestão Pública para tratar do não desconto das licenças e faltas médicas para fins de aposentadoria especial e, junto com as demais entidades do funcionalismo, para que seja extinta a comissão que trata da Parceria Público-Privada que encaminharia a privatização do Hospital do Servidor/IAMSPE, tendo em vista que o governo anunciou que isto não ocorrerá.
Ainda que esses resultados não representem o atendimento de todas as nossas reivindicações, o Conselho Estadual de Representantes realizado após a reunião com o Secretário considerou que houve avanços e conquistas e decidiu encaminhar à assembleia a proposta de suspensão da greve. Cabe ressaltar também que nos últimos dias a greve vinha perdendo força. Dos 15 oradores, apenas 4 defenderam a continuidade da greve. Proclamado o resultado, grupos minoritários (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU e Partido da Causa Operária – PCO), que arregimentaram estudantes e pessoas que pertencem a outras categorias para comparecer à assembleia dos professores, passaram a realizar um grande tumulto, arremessando objetos e agredindo pessoas.
Entre os que provocaram o tumulto estavam pessoas visivelmente embriagadas e alteradas, comportamento que não condiz com o que se espera de professores. Muitos eram professores da rede municipal de ensino, que estão em greve e queriam forçar a continuidade da greve dos professores estaduais como forma de angariar apoio a seu próprio movimento.
São estes os fatos ocorridos na Avenida Paulista nesta sexta-feira, que serão discutidos pelo Sindicato no sentido de que sejam tomadas providências para estes lamentáveis acontecimentos não mais voltem a ocorrer.
21/Outubro/2023
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