Mais de 300 estudantes participam de visita monitorada ao ICMC

Na última quarta-feira (15), o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) realizou sua anual visita monitorada, que integra o programa USP e as Profissões. O Instituto recebeu a visita de aproximadamente 300 estudantes do ensino médio e cursos pré-vestibulares, bem como pais e professores, que lotaram o auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano para assistir a apresentação dos cursos e um seminário sobre matemática. Em seguida, puderam conhecer a infraestrutura e algumas pesquisas produzidas no ICMC.
 
O evento teve início às 14 horas, com as boas-vindas da professora Solange Rezende, presidente da Comissão de Cultura e Extensão Universitária do ICMC. Logo em seguida, a docente Renata Pontin , presidente da Comissão de Graduação, apresentou aos alunos uma palestra sobre os cursos oferecidos pelo ICMC. Um dos pontos interessantes da apresentação foi a mobilidade internacional que a USP oferece. “Nós temos aproximadamente 1,3 mil alunos no instituto, e destes, cerca de 80 estão no exterior”. 
 
Rebeca Rocha, que trancou há um mês o curso de Biotecnologia, veio até o Instituto com o seu pai, a fim de conhecer um pouco mais sobre a universidade e o curso de Ciências de Computação. “A palestra serviu para esclarecer várias dúvidas. Além disso, eu não sabia de algumas coisas, como a isenção da inscrição no vestibular. Também pude conhecer mais sobre o curso e a estrutura do campus”, contou a estudante. O pai de Rebeca, Cleber Rocha, também ficou admirado com a infraestrutura do ICMC. “Gostei muito da palestra, inclusive sobre o intercâmbio oferecido aos alunos, que até então, eu não sabia”. Sua filha despertou um interesse especial pelo intercâmbio. “Quando eu estiver na metade do curso, quero tentar estudar em outro país”, revelou Rebeca.
 
Após a palestra, o professor Eduardo Tengan ministrou oSeminário de Coisas Legais, onde apresentou curiosidades divertidas sobre a matemática. Na sequência, os alunos se direcionaram até o saguão da biblioteca do ICMC, onde puderam conhecer algumas das pesquisas realizadas na instituição. Os destaques foram o robô humanoide Nao e o time de futebol de robôs do grupo de Computação Bioinspirada, além do scanner de gordura corporal e dos jogos eletrônicos desenvolvidos por professores e alunos do Instituto. 

Os participantes receberam um kit com informações sobre os cursos e puderam tirar suas dúvidas diretamente com os coordenadores. Por fim, foi feito um tour pelas dependências do ICMC, onde os estudantes puderam conhecer a biblioteca, o museu de computação e os laboratórios de ensino e pesquisa.
 
Resultados
 
Bruna Silva, visitante de Américo Brasiliense, está no terceiro colegial e tem interesse pelo curso de Estatística. “Eu gosto de matemática e a palestra me ajudou a decidir qual curso escolher ao prestar o vestibular, além de conhecer um pouco mais sobre a universidade”. A estudante também não conhecia o programa de intercâmbio. “Tenho muita vontade de fazer intercâmbio, já estou fazendo um curso de inglês há algum tempo”, contou Bruna. Ela disse estar preparada para o vestibular da Fuvest. “Estou confiante, tenho certeza que pelo menos para segunda fase, eu consigo passar”, confessou a aluna.

Alguns professores das escolas visitantes também estiveram presentes. A docente em língua portuguesa, Elaine Liberatti, também de Américo Brasiliense, disse que esse tipo de evento motiva os alunos a estudarem mais. “Eu sinto que os alunos têm necessidade de incentivo. Quando nós os trazemos para esses eventos, eles voltam com outro olhar para a sala de aula. Isso abre a mente e o universo dos alunos”, declarou.

Solange Rezende, coordenadora do evento, ficou emocionada ao ver tantos estudantes interessados pela universidade. “A demanda está aumentando. É a primeira vez que nós recebemos inscrições para tantos alunos, e ainda vieram algumas escolas que nem se inscreveram. O que está acontecendo é que as pessoas estão ficando um pouco mais atentas às oportunidades. Além disso, nossa comunicação está sendo mais efetiva, está chegando mais às escolas”, apontou.
 
Rezende acredita que o evento aproxima o aluno à universidade. “Nós mostramos como é o Instituto, dando a possibilidade do aluno conhecer a infraestrutura, conversar com os professores e ver os laboratórios. Tudo isso facilita essa aproximação do aluno com a instituição que ele quer”, observou a docente. “Outro ponto importante é a questão da motivação. O aluno de escola pública não precisa nem mesmo pagar para prestar o vestibular da Fuvest. Muitos desses alunos já se auto-reprovam na USP, porque não se dão a oportunidade. Ao trazê-lo até aqui, mostramos a ele que é possível prestar o vestibular e passar, contanto que se dedique e estude. Esse é o grande ganho! Mostrar ao aluno que a oportunidade existe e se ele correr atrás dela, ele pode ser USP”, contou.
 
E concluiu com o real intuito deste evento. “Ao visitar o Instituto, o aluno vai embora pensando em tudo o que ele viu, e passa a estudar mais e melhor. Eles saem daqui com outra perspectiva. Pode ser que ele nem entre na USP, mas ele vai procurar uma instituição pública com o curso que ele queira. Nós temos um ganho direto e indireto. O que nós precisamos é transformar a realidade do país”, concluiu.
 
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Criado por Rodrigo Lima