Fonte: UOL - O jornalista Ruy Mesquita, diretor de "O Estado de S. Paulo", morreu nesta terça-feira (21), às 20h40, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês desde 25 de abril, após ser diagnosticado um câncer na base da língua, segundo informações do jornal.

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Morre diretor do Jornal O estado de São Paulo

Fonte: UOL - O jornalista Ruy Mesquita, diretor de "O Estado de S. Paulo", morreu nesta terça-feira (21), às 20h40, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês desde 25 de abril, após ser diagnosticado um câncer na base da língua, segundo informações do jornal.

O velório é realizado desde a madrugada desta quarta-feira (22) na casa da família, na rua Angatuba, no Pacaembu, zona oeste de São Paulo. O enterro está marcado para o período da tarde e será no cemitério da Consolação, na área central.

Ruy Mesquita foi o responsável pela seção de opinião do Estadão desde a morte do irmão Julio de Mesquita Neto, em 1996. De acordo com o jornal, o jornalista manteve sua rotina de trabalho até a véspera da internação, se reunindo com os editorialistas para definir as "Notas & Informações" da página 3 do jornal.

 

Biografia

Nascido em São Paulo em 16 de abril de 1925, Ruy era neto de Julio de Mesquita, um dos primeiros jornalistas do Estadão, que posteriormente virou proprietário do jornal. O pai de Ruy, Julio de Mesquita Filho, ocupou a posição do pai após a morte dele.

Ruy Mesquita iniciou o jornalismo como repórter em 1948. Desde então ele ocupou os cargos de redator, editor de Internacional e diretor do Jornal da Tarde, que foi fundado 1966 e extinto no ano passado. Em 1996, após a morte do irmão Julio de Mesquita Neto, Ruy assumiu a direção da publicação.

Segundo o Estadão, Ruy "reuniu-se com militares antes do golpe de 1964, que apoiou, em nome da defesa da democracia, mas, assim como seu pai e seu irmão, também passou a criticar a ditadura, uma vez instalada".

Durante a ditadura militar (1964 a 1985) o Estado foi alvo de censura prévia. Para desafiar o regime, Ruy, junto com o pai e o irmão, decidiu que o periódico deveria publicar poesias, como "Os Lusíadas", de Camões, e receitas de bolos e doces no espaço dos textos censurados.


Criado por Rodrigo Lima