São Paulo, SP – Emoção, alegria, brincadeiras e muitas histórias. Esse foi o clima durante o almoço organizado pela Confederação Brasileira de Baskeball (CBB) para homenagear os 50 anos do título do Campeonato Mundial Masculino de 1963. Estiveram presentes ao evento deste sábado (dia 25), em São Paulo, os heróis da conquista inédita Amaury Pasos, Antônio Sucar, Benedito Tortelli (Paulista), Carlos Massoni, (Mosquito), Fritz Braun, Jatyr Schall, Luiz Cláudio Menon e Wlamir Marques, além de familiares de Rosa Branca, já falecido. Vitor Mirshauswka não pôde comparecer porque está nos Estados Unidos, mas também foi representado por sua família.

Wlamir Marques, capitão da equipe, lembrou dos bons momentos vividos em 1963. “Esse era um grupo que jogou unido e permanece unido até hoje. Nós jogávamos pela pátria sem nenhuma reclamação de um técnico que era um sargento, mas que ninguém o desrespeitava, o Kanela. Era um orgulho e satisfação ficar treinando, mesmo que fossem três ou quatro meses. Nós todos perdemos nossa juventude com uma bola e numa quadra de basquete pelo Brasil”, disse, emocionado, Wlamir.

Considerado um dos maiores jogadores da história do basquete brasileiro, Amaury Pasos também fez questão de falar em nome do grupo. “O que vocês estão vendo hoje, todos se abraçando e mostrando uma união também era assim era há 50 anos. Nós continuamos sendo uma família e talvez pelo comprometimento que tínhamos de saber o que cada um fazia em quadra é que continuamos unidos até hoje”, afirmou Amaury, que marcou 106 pontos no Mundial.

O presidente da CBB, Carlos Nunes, em nome da entidade, presenteou os homenageados com uma camisa oficial personalizada emoldurada. "É uma homenagem mais do que justa aos campeões. Foram eles que colocaram o basquete brasileiro em uma posição respeitada. Por mais homenagens que façamos, nunca será o suficiente para lembrar essa importante conquista do esporte nacional", disse o dirigente.

Carlos Nunes prometeu uma nova homenagem na festa dos 80 anos da entidade, que será realizada no final do ano. “O basquete brasileiro é respeitado até hoje em todas as competições graças ao que esses moços fizeram em quadra como as conquistas do bicampeonato mundial e das duas medalhas olímpicas (60 e 64). Faz parte da nossa administração estar sempre ao lado de todos os ex-jogadores que colocaram o basquete brasileiro como uma das potências do mundo”, concluiu Nunes.

Trajetória do Brasil no Mundial de 63

16 de maio – Brasil 62 x 55 Porto Rico (1º tempo: 25 x 27) 
Brasil
Amaury (18pts), Wlamir (14), Ubiratan (6), Mosquito (0), Rosa Branca (6), Menon (0), Sucar (10), Vitor (4) e Waldemar (4). 

17 de maio – Brasil 81 x 62 Itália (1º tempo: 40 x 24) 
Brasil
Amaury (15pts), Wlamir (10), Ubiratan (4), Mosquito (2), Paulista (4), Rosa Branca (16), Jathyr (6), Menon (0), Sucar (4), Vítor (18) e Waldemar (2).

20 de maio – Brasil 90 x 71 Iugoslávia (1º tempo: 51 x 27) 
Brasil
Amaury (22pts), Wlamir (24), Ubiratan (8), Mosquito (4), Paulista (2), Rosa Branca (12), Jathyr (0), Menon (2), Sucar (4), Vitor (7) e Waldemar (5).

21 de maio – Brasil 77 x 63 França (1º tempo: 38 x 31) 
Brasil 
Amaury (13pts), Wlamir (14), Ubiratan (13), Mosquito (1), Rosa Branca (14), Jathyr (0), Menon (0), Sucar (6) e Vítor (17).

23 de maio – Brasil 90 x 79 União Soviética (1º tempo: 43 x 42) 
Brasil
Amaury (16pts), Wlamir (20), Ubiratan (9), Rosa Branca (14), Jathyr (0), Sucar (2), Vítor (27) e Waldemar (2).

25 de maio – Brasil 85 x 81 Estados Unidos (1º tempo: 39 x 39) 
Brasil
Amaury (22pts), Wlamir (26), Ubiratan (6), Mosquito (6), Rosa Branca (3), Jathyr (1), Sucar (4) e Vitor (17).

Classificação Final

1º- Brasil (campeão); 2º- Iugoslávia; 3º- União Soviética; 4º- Estados Unidos; 5º- França; 6º- Porto Rico; 7º- Itália; 8º- Argentina; 9º- México; 10º- Uruguai; 11º- Canadá; 12º- Peru; 13º- Japão.

Pontuação dos brasileiros

Wlamir Marques (108pts / 6 jogos), Amaury Pasos (106pts / 6j), Vítor Mirshauswka (90pts / 6j), Carmo de Souza “Rosa Branca” (65pts / 6j), Ubiratan Maciel (46pts / 6j), Antonio Salvador Sucar (30pts / 6j), Waldemar Blatkauskas (13pts / 4j), Carlos Massoni “Mosquito” (12pts / 5j), Jathyr Schall (7pts / 5j), Benedito Tortelli “Paulista” (6pts / 2j), Luiz Cláudio Menon (2pts / 3j) e Friedrich Braun “Fritz”. 

Comissão Técnica do Brasil

Chefe da delegação: José Dias Pimenta de Melo
Delegado: Capitão Milton Pauleto
Técnico: Togo Renan Soares “Kanela”
Assistente técnico: Moacir Daiuto
Massagista: Jorge Oliveira Melo
Mordomo: Francisco da Silva