Rio de Janeiro - A inflação de produtos na saída das fábricas, sem incidência de impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação subiu 0,35% em abril na comparação com março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado nessa terça-feira (28) mostra que a taxa foi superior à observada entre março e fevereiro (0,04%) e que, no acumulado no ano, ela chegou a -0,06%, ante -0,41% em março. Já o acumulado nos últimos 12 meses caiu, chegando a 5,48%, ante 6,65% em março.
Em abril, 18 das 23 atividades tiveram aumento nos preços, enquanto em março a alta da inflação atingiu 14 atividades. As atividades industriais que mais sofreram alta na taxa foram: farmacêutica (1,95%), borracha e plástico (1,43%), papel e celulose (1,31%) e têxtil (1,29%). As maiores influências foram outros produtos químicos (-0,09 ponto percentual), metalurgia (0,07 ponto percentual), borracha e plástico (0,05 ponto percentual) e máquinas e equipamentos (0,05 ponto percentual).
No acumulado deste ano, as atividades com as maiores variações foram: alimentos (-5,08%), têxtil (4,38%), borracha e plástico (3,04%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,95%). Os setores de maior influência sobre o acumulado no ano foram: alimentos (-1,03 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,31 ponto percentual), metalurgia (0,20 ponto percentual) e borracha e plástico (0,11 ponto percentual). Essa foi a primeira vez no ano, segundo a pesquisa, que a taxa no setor de alimentos subiu (0,16%) na comparação mensal, embora seja a menor taxa positiva de toda a série.
Ainda segundo o IBGE, os preços das indústrias de transformação acumularam, em 2013, variação de -0,06%, o que se explica pelos resultados negativos de janeiro (-0,10%) e fevereiro (-0,35%). Esta é a primeira vez, na série, em que o primeiro quadrimestre do ano acumulou resultado negativo.
No acumulado dos últimos 12 meses (5,48%) as maiores variações foram: fumo (11,60%), bebidas (9,89%), borracha e plástico (9,18%) e outros produtos químicos (9,11%). As principais influências nesta comparação vieram de alimentos (1,11 ponto percentual), outros produtos químicos (0,98 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,92 ponto percentual) e borracha e plástico (0,34 ponto percentual).
Por Flávia Villela/ Agência Brasil
21/Outubro/2023
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