Neste domingo em São Paulo o Partido Pátria Livre passou a ser primeira legenda a lançar chapa completa de pré-candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República, recaindo a composição nos dois principais nomes que representavam a renovação nesse processo de escolha: o escritor e filósofo João Goulart e o jurista Léo Alves.

O PPL, partido que teve a fusão de várias legendas, tem um forte braço nas camadas populares, reunindo ao seu redor as mais importantes entidades trabalhistas do país. “Brasil afora, sindicatos de médicos, de professores, da segurança pública e associações de aposentados dia a dia passam a se integrar à causa que defendemos”, diz o engenheiro paulista Miguel Manso, responsável pela organização partidária. Importantes setores ligados à cultura, ao meio acadêmico, às organizações de base e à indústria nacional também cerram fileiras, mostrando que a composição tem musculatura para ganhar projeção no processo eleitoral de 2018.

O presidente do PPL, jornalista Sérgio Torres aposta que com o lançamento de uma chapa completa, com os dois pré-candidatos à Presidência e a Vice-Presidência da República, haverá uma grande mudança no atual cenário político, que considera desgastado e sem credibilidade: “A mídia agora deverá dar atenção porque entramos em campo com uma proposta real”.

Os pré-candidatos

O ex-deputado João Goulart nasceu no Rio de Janeiro e foi registrado com orgulho pelo pai na cidade histórica de São Borja; aos sete anos de idade foi para o exílio com o presidente deposto e a mãe Maria Thereza. Filósofo, escritor e empresário, foi um dos fundadores do PDT com o tio Leonel Brizola e fundou o Instituto Presidente João Goulart, que tem por objetivo a preservação da memória do ex-presidente e a pesquisa histórica sobre o processo político e a soberania nacional. O seu último livro, “Jango e Eu” foi indicado no ano passado para o prêmio Jabuti, a mais alta premiação na literatura brasileira. É casado com a carioca Verônica Fialho Duarte.

Léo Alves nasceu na fronteira oeste do Estado do Rio Grande do Sul e mudou-se para a capital federal há mais de 30 anos, onde prestou consultoria no Congresso Nacional; foi procurador federal concursado, atuou durante anos em rádio e televisão e evoluiu na carreira acadêmica, inicialmente como professor da Universidade Católica de Brasília e depois em Escolas de Governo, Escolas de Magistratura, Escolas de Contas e Academias de Polícia em 21 Estados. É autor de 45 livros e conferencista com trabalhos na América do Sul, Europa e África. É casado com Ana Cácia Freire da Silva Alves, natural do E