Não existe apenas sofrimento no Alzheimer. E mesmo diante de um diagnóstico assustador, associado ao esquecimento e à demência, há oportunidade para o perdão e o reencontro. Essa é a visão do filme brasileiro "Antes que eu me esqueça", que pinta um retrato humanizado e bem-humorado da doença.
A trama gira em torno de Polidoro (José de Abreu), um juiz aposentado que vive sozinho e, do dia para noite, pede pra se tornar sócio de uma boate de strip-tease que fica ao lado de sua casa em Copacabana, no Rio.
A filha Bia (Letícia Isnard), que já desconfiava da senilidade do pai, entra na Justiça para interditar seu pai. Mas o fato acaba colocando Paulo (Danton Mello), filho brigado e músico fracassado, em uma inevitável rota de aproximação com o pai.
Com atuações de fôlego de José de Abreu e Danton Mello, e Guta Stresser agindo como um alívio cômico leve e simpático no papel de Joelma, a gerente da boate, "Antes que eu me esqueça" acerta em não pesar a mão na "tragédia" do Alzheimer.
21/Outubro/2023
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