Azuaite se solidariza com vereadores de Araraquara que sofreram atentados a bomba

Sc News

O vereador Azuaite Martins de França solidarizou-se com os vereadores de Araraquara Guilherme Bianco (PCdoB) e Fabi Virgílio (PT), que foram recentemente alvos de ataques a bomba. Para Azuaite, os agressores agiram com “clara intenção de intimidá-los em função de sua atuação política, que desperta a intolerância de grupos radicais de extrema direita”. O vereador são-carlense elaborou moção de apelo à Polícia Civil para que esclareça o caso com urgência.

No dia 30 de maio, o ataque ao vereador Guilherme Bianco ocorreu em frente à Câmara Municipal de Araraquara, quando ele caminhava juntamente com uma servidora da Secretaria de Educação para o estacionamento e de dentro de um veículo que se aproximou em alta velocidade foi arremessado um artefato que explodiu no ar e por pouco não os atingiu;

No último dia 3, episódio semelhante teve como alvo a vereadora Fabi Virgílio (PT), quando um artefato explosivo foi jogado próximo a ela, enquanto cumpria agenda em uma escola estadual da cidade.

“Que país é este? Onde é que nós estamos? É este o país que a gente quer? O diálogo do agressor com o agredido? É evidente que não”, afirmou Azuaite durante a sessão da Câmara de São Carlos, realizada nesta terça-feira (7). Ele repudiou “a tática fascista de buscar se impor pela violência e a intimidação daqueles que defendem uma sociedade livre, justa e democrática”. Para exemplificar a necessidade de conter o quanto antes as ações de grupos extremistas, citou na moção um trecho do poema “No caminho com Maiakóvski", de Eduardo Alves da Costa: “Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada”.

Na mesma sessão, Azuaite teve aprovada moção de apelo ao Ministério da Justiça, PF e MPF para elucidar caso do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira desaparecido desde domingo no trajeto entre a comunidade de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, onde se encontravam reportando invasões de terras indígenas. Ambos haviam recebido recentes ameaças em função de seu trabalho. “Podemos ter as mais diversas preferências políticas e diferenças ideológicas, mas não podemos abandonar os princípios da liberdade e da defesa da vida, de defesa do país e de sua terra e sua gente”, afirmou.


Criado por Rodrigo Lima