A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo promove entre os dias 07 e 11 de agosto a Semana de Prevenção da Leishmaniose Visceral (LV), com o slogan #euapoioefaçoparte, com o objetivo de sensibilizar e esclarecer a população sobre a transmissão da doença, cuidados ambientais para controle do vetor e guarda responsável dos animais de estimação.
O conhecimento da doença por parte da sociedade reduz os riscos de transmissão, protegendo a saúde das pessoas e dos cães.
A Leishmaniose Visceral é uma doença (zoonose) grave que afeta animais e pessoas, causada pelo protozoário do gênero Leishmania sp e transmitida por meio da picada do inseto flebotomíneo conhecido como mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis).
A fêmea do mosquito-palha se infecta ao picar um cão doente contaminado com o protozoário e passa a transmiti-lo a outros cães e seres humanos nas próximas picadas.
“Os vetores são insetos pequenos, com 2 a 3 milímetros, e costumam picar ao entardecer e à noite. Desenvolvem-se em locais úmidos e sombreados com acúmulo de matéria orgânica como folhas, frutos, lixo orgânico em apodrecimento e em galinheiros”, explicou Denise Scatolini, chefe de Seção de Informação, Educação e Comunicação.
“Em humanos a LV é uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, anemia, emagrecimento, fraqueza e cansaço, aumento de baço e fígado, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos. O diagnóstico e o tratamento da LV humana são gratuitos através do SUS”, esclareceu Denise Mello Martins, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde.
No cão, principal reservatório e fonte de infecção no meio urbano, a doença caracteriza-se por febre irregular, perda de apetite, emagrecimento rápido, descamação e feridas na pele (especialmente no focinho e nas orelhas), conjuntivite e lesões oculares, fezes sanguinolentas, crescimento exagerado das unhas.
De acordo com as pesquisas entomológicas (busca pelo inseto vetor por meio da instalação de armadilhas luminosas), realizada por profissionais da Área Técnica de Vetores da Unidade Araraquara (extinta SUCEN), não houve o registro de ocorrência do vetor na área urbana de São Carlos até o presente momento.
Para continuar mantendo nossa cidade livre deste vetor, é muito importante a conscientização da população para que executem as boas práticas de prevenção, conservando quintais devidamente limpos, livres de galinheiros e pocilgas; recolher folhas, frutos e resíduos de capina; recolher diariamente as fezes dos cães nos quintais e demais locais de permanência dos animais; embalar bem o lixo e respeitar os dias e os horários do caminhão de coleta da Prefeitura.
Outra conduta fundamental, é a guarda responsável de animais de estimação, jamais permitindo que tenham livre acesso à rua, bem como cuidados com a saúde e higiene dos cães, levando periodicamente ao médico veterinário para consultas e cuidados.
“À menor suspeita, o cão doente deve ser levado ao médico veterinário, pois a leishmaniose visceral causa muito sofrimento aos animais acometidos. Médicos veterinários e tutores irão avaliar as condutas a serem tomadas de acordo com a gravidade do caso, porém, o cão suspeito deve usar imediatamente a coleira repelente de insetos, sendo a principal medida preventiva comprovadamente eficaz”, ressaltou a Dra. Luciana Marchetti, médica veterinária e Supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias da Prefeitura de São Carlos.
Outras informações podem ser obtidas na Unidade de Controle de Zoonoses e Endemias, através do telefone 3307-7405.
21/Outubro/2023
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