Para cumprir tabela, a Portuguesa recebeu o Catanduvense pela sexta, e última, rodada da 02ª fase do Campeonato Paulista. Com uma escalação bem diferente da costumeira, a rubro-verde, que já garantiu a vaga na final do estadual, venceu por 4 a 1, com três gols de Flecha Arraya e um de Matheus.
O técnico Edson Pimenta optou por poupar os jogadores que vinham em uma grande sequência de jogos e deu oportunidade para novos talentos e jogadores em busca de firmação. Entre os destaques, as estreias profissionais de Alê e Dejair no Canindé, além das seguras defesas de Tom.
Se logo no começo o goleiro da Lusa já foi obrigado a fazer boa defesa, a resposta do ataque da Lusa veio após cobrança de escanteio da direita, que Diego Augusto subiu mais alto que os defensores e testou consciente, com muito perigo, sobre o gol de Zandoná.
Aos 14 minutos, de pênalti, Flecha Arraya abriu o placar para a Portuguesa. Kachuba colocou a mão na bola, após cruzamento de Rogério; o árbitro assinalou a marca da cal e mostrou o cartão amarelo para o meia do Catanduvense.
Na base da pressão a Portuguesa perdeu grande oportunidade aos 17 minutos. Lucero fez boa jogada com Matheus, Arraya desviou em gol e Zandoná defendeu; no rebote, Rogério tentou a finalização, mas não pegou em cheio e a zaga evitou o segundo rubro-verde.
O ritmo intenso dos primeiros 20 minutos se diluiu e as chances de gol rarearam de lado a lado. Faltas, cartões, desarmes e erros de passes ditaram o ritmo do último terço do etapa primeira.
Antes do intervalo, Luciano Dias já fez sua primeira alteração na equipe do Catanduvense, saiu Kachuba e entrou Marcos Dener. E logo em sua jogada inaugural, o camisa 18 deixou Ermínio na cara de Tom, mas para sorte rubro-verde, o artilheiro visitante estava em impedimento, assinalado por Eduardo Marciano.
Aos 44 minutos, o Catanduvense acelerou o ritmo da partida. Primeiro com Renatinho que aproveitou cruzamento da direita, dominou e chutou forte cruzado para uma grande defesa de Tom. Nos acréscimos, uma falta quase em cima da risca da grande foi cobrada com perigo e, novamente, exigiu reflexo de Tom, para evitar o tento visitante.
O último lance da primeira etapa foi da Lusa e com Bruninho, que recebeu na direita de Muralha, e finalizou forte e cruzado, mas pela linha de fundo.
A volta do intervalo foi de mudança na Lusa de Pimenta. O treinador tirou Ivan e Lucero e promoveu as entradas de Alê e Jean Mota, respectivamente. E foi justamente o meia quem teve a primeira chance.
Aos oito minutos, Jean recebeu cruzamento da direita, mas errou na finalização e mandou pela linha de fundo. Na sequência, foi a vez de Tom fazer milagre e evitar o empate. Marcos Dener recebeu cara a cara com o goleiro que fechou o ângulo e garantiu o zero do placar.
Se na finalização Jean não foi certeiro, o mesmo não se pôde dizer da assistência. Aos 12 minutos, o meia cruzou na medida para Flecha Arraya estufar as redes, sair para a torcida e dançar para comemorar o segundo gol da Lusa.
Rogério assustou a torcida quando, aos 18 minutos, ao afastar o perigo pela linha de fundo, fez a bola tirar tinta do travessão de Tom. Na sequência do escanteio, o contra golpe quase foi fatal, quando Muralha lançou Arraya, o argentino tirou o goleiro Zandoná, mas na finalização a bola bateu na rede pelo lado de fora.
Tom seguiu tendo trabalho e em um rápido lançamento Robson saiu de frente com o goleiro rubro-verde. Pressionado por Rogério, o atacante chutou rasteiro e foi travado pelo camisa um da Lusa. Se pela Portuguesa o arqueiro operava milagres, Zandoná também não ficou atrás ao fazer uma espetacular defesa em finalização à queima roupa de Arraya.
Aos 29 minutos, o árbitro marcou falta de Lucas Silva dentro da área, apesar das reclamações rubro-verdes, o pênalti foi assinalado. Porém, quem tem Tom, tem segurança, e o goleirão mais uma vez brilhou ao defender a cobrança no canto direito baixo.
Quando a bola passou por Tom, estourou no travessão, na finalização de Francisco Alex. No rebote, o árbitro marcou outro pênalti para o Catanduvense. Mas desta vez Ermínio acertou a cobrança, só não contava com a invasão de área que o obrigou a repetir a cobrança. Nova chance, novo gol para os visitantes que diminuíram o marcador aos 36 minutos.
Porém, demorou apenas um minuto para a Portuguesa confirmar a sua força no Canindé. Um rápido contra ataque, Matheus arrancou do meio campo, deixou os marcadores para trás e chutou forte para fazer o terceiro da Lusa no jogo.
Aos 41 minutos, a goleada se sacramentou. Alê cruzou na medida para Arraya subir de cabeça e fazer seu hat-trick na partida. Depois do quarto gol, a Portuguesa apenas gerenciou o resultado e aguardou o apito final para sair aplaudida por sua torcida.
A próxima partida da Lusa será agora pela final do Campeonato Paulista, contra o Rio Claro. Líder do grupo 02, o time do interior receberá a rubro-verde no próximo final de semana, em dia e horário a serem decididos pela Federação Paulista de Futebol.
21/Outubro/2023
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