Empresários e gerentes de diversos estabelecimentos comerciais compareceram à Palestra "Assédio Moral: Um fenômeno invisível", realizada no último dia 03, através de parceria entre o CME (Conselho da Mulher Empreendedora) do município e a ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos).

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Palestra sobre assédio moral capacita empresários

Empresários e gerentes de diversos estabelecimentos comerciais compareceram à Palestra "Assédio Moral: Um fenômeno invisível", realizada no último dia 03, através de parceria entre o CME (Conselho da Mulher Empreendedora) do município e a ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos).

Na ocasião, Sinelândia Maria da Silva, responsável pelo Departamento de Cobrança da Masson & Peronti Advocacia, explicou que assediar significa estabelecer um cerco e não dar trégua ao outro, humilhando, inferiorizando e desqualificando-o de forma sistemática e repetitiva ao longo da jornada de trabalho. "Podemos definir o assédio moral como ataques verbais, gestuais, perseguições e ameaças veladas ou explícitas, que frequentemente envolvem fofocas e maledicências. Ele acontece quando um indivíduo rebaixa o outro ou um grupo de trabalhadores, através de meios vingativos, cruéis, maliciosos ou humilhantes. Ao longo do tempo, esse fenômeno desestabiliza o trabalhador, atinge sua dignidade e moral e devasta a sua vida", alertou.

A palestrante fez questão de salientar que o assédio moral no trabalho não é um fato isolado, pois o mesmo se baseia na repetição de práticas vexatórias e constrangedoras. "Esse fenômeno possui também outros requisitos para a sua existência, entre eles: Intencionalidade (intenção de ocasionar um dano psíquico ou moral ao empregado, para marginalizá-lo em seu ambiente de trabalho); Direcionalidade (uma ou mais pessoas são escolhidas como vítimas) e Dano psíquico (desestabilização emocional, culminando com isolamento social)", enumerou.

Por fim, Sinelândia afirmou que devido ao número crescente de denúncias, o assédio moral preocupa hoje não apenas o empregado, mas também o empregador. "Uma fórmula exata não existe, mas o diálogo, o treinamento, a troca de informações e cursos com especialistas podem ser uma ótima saída para evitar o problema. Além disso, a consciência de um comportamento adequado, com respeito ao próximo e ao espaço do próximo, evita essas situações desagradáveis", encerrou.

Logo em seguida, a advogada Márcia Cristina Masson Peronti afirmou que atualmente, muitas empresas já tomam atitudes para evitar que o assédio moral aconteça entre os seus funcionários. "Tenho observado, com frequência, a preocupação dos empregadores em contribuir para que as práticas de assédio sejam identificadas e imediatamente coibidas. É crescente o cuidado de empresas em orientar e disseminar a ideia de necessidade de manutenção de uma relação saudável e de respeito mútuo entre todos os colaboradores. Muitos empreendimentos contam com o apoio de profissionais de Direito para avaliar suas regras de procedimentos e adequá-las quando necessário", finalizou Márcia Peronti.


Criado por Rodrigo Lima