Quem visita uma aldeia indígena logo se vê rodeado de crianças, e grande parte das atividades e das preocupações dos indígenas brasileiros visam o bem-estar de seus filhos. É o que mostra a exposição "Crianças Indígenas", que acontece na Biblioteca Comunitária (BCo) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) até 30 de abril.

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Exposição

Mostra reúne trabalhos de diversos fotógrafos e antropólogos

Quem visita uma aldeia indígena logo se vê rodeado de crianças, e grande parte das atividades e das preocupações dos indígenas brasileiros visam o bem-estar de seus filhos. É o que mostra a exposição "Crianças Indígenas", que acontece na Biblioteca Comunitária (BCo) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) até 30 de abril.
O jeito das crianças de participar das atividades, em um contexto em que sua autonomia e capacidade são reconhecidas e respeitadas, é o tema desta exposição. Nela, se pode ver as crianças Ashaninka, no Acre, acompanhando várias fases de uma oficina para formação de cinegrafistas que o Projeto Vídeo nas Aldeias (VNA), feito pela ONG  de mesmo nome, realizou, e que a antropóloga Adriana Fernanda Busso, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da UFSCar, acompanhou e fotografou durante seu mestrado.
Há também fotos feitas pela docente do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) e do PPGAS, Clarice Cohn, nas quais podem-se ver crianças Kalapalo participando dos preparativos do Kuarup, um dos mais famosos rituais indígenas do Brasil, na aldeia Aika, no Parque Indígena do Xingu. Neste ritual, os convidados vêm de aldeias de todo o Parque, e são recebidos com muito peixe e beiju. Para isso, os homens da aldeia que fazem a festa têm que realizar diversas pescarias, acompanhadas de perto pelas crianças.
A exposição conta ainda com fotos do antropólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Luis Donisete Grupioni, que retratam crianças Tiriyó do Amapá estudando matemática e crianças Kaxuyana analisando mapas; imagens de meninas Ashaninka na sala de aula, feitas pelo fotógrafo profissional Haroldo Palo Júnior (Acervo da Comissão Pró-índio do Acre); e de crianças Kaxinawá, fotografadas por Daniela Marchese, antropóloga da Universidade de Siena (Itália).
A exposição ocorre no piso dois da BCo, das 8 às 22 horas, de segunda à sexta-feira, e das 8 às 14 horas aos sábados. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone  (16) 3351-8747 .


Criado por Rodrigo Lima